Moços Leitores


Circula na internet um texto bem famoso chamado "Namore um cara que lê". Gosto bastante do texto, não apenas porque sou uma moça que lê, mas porque o texto em si é bem espirituoso. Na minha percepção do mundo o exercício da leitura é um dos critérios fundamentais para distinguir uma boa pessoa; e se, ela superestima a leitura ela vira uma das minhas pessoas favoritas. A literatura tem alguns moços que por amarem a amarem se tornam amáveis. Eis os meus personagens - leitores favoritos:


1. DANIEL SEMPERE - A sombra do vento
"Cresci no meio dos livros,
fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó
e cujo cheiro ainda converso nas mãos". (Carlos Ruiz Zafón)
Esse livro do Zafón é um xodó eterno meu! Amo o Daniel, o garoto é apaixonado por livros, têm a sorte de nascer e crescer dentro de uma livraria e ainda conhece um cemitério de livros esquecidos. Entra numa aventura maravilhosa tudo pelo amor à leitura: o resultado é que nos apaixonamos pelo Daniel (me identifico tanto com ele quando ele só fecha o livro quando termina de ler depois de uma noite inteira em claro!), temos uma aventura fantástica em busca do autor de um livro, temos mais histórias dentro das histórias. Enfim, leiam, conheçam o Daniel.

2. KLAUS BAUDELAIRE - Desventuras em série

"Klaus tinha 13 anos e já leu mais livros que qualquer outro garoto de sua idade"
(Lemony Snicket)
Klaus conheceu a desventura por sete anos, assim como suas irmãs Violet e Sunny. Nas primeiras páginas do primeiro livro da série maravilhosa do Snicket, os pais morrem, a casa pega fogo e os três ficam sozinhos no mundo. Como se isso não bastasse os três são perseguidos e vivem tantos sofrimentos nas mãos do Conde Olaf que tenciona ficar com a imensa fortuna dos Baudelaire.
Mas a melhor coisa para mim na série é que o autor apresenta as SUPER HABILIDADES dos Baudelaire: Sunny é ótima para morder coisas (adoro isso, pois ela é um bebê ainda!), a Violet é uma inventora muito inteligente, e o grande talento do Klaus: adora ler. Isso é um super poder no livro!!!!!
Eles passam por mil enrascadas, mas com a paixão por livros do Klaus, as engenhocas da Violet e as mordidas da Sunny eles vencem. Os três livros são ótimos e o Klaus ganha nosso coração cada vez que lembra de uma coisa que leu num livro.

3. TYRION LANNISTER - Crônicas de Gelo e Fogo
“- Porque você lê tanto?” – Jon
“- Olhe para mim e diga o que você vê.” – Tyrion
“- Isso é um truque?” – Jon
“- O que você vê é um anão. Se eu tivesse nascido um camponês, eles poderiam ter me deixado na floresta para morrer. Infelizmente, eu nasci um Lannister do Rochedo Casterly. Coisas são esperadas de mim. Meu pai foi a Mão do Rei durante 20 anos.” – Tyrion
“- Até que seu irmão matou aquele Rei.” – Jon
“- Sim, até que meu irmão o matou. A vida é cheia dessas pequenas ironias. Minha irmã se casou com o novo Rei e meu sobrinho repulsivo será Rei depois dele. Eu devo fazer minha parte pela honra da minha casa, não concorda? Mas como? Bem, meu irmão tem uma espada e eu tenho minha mente. E uma mente precisa de livros como uma espada precisa de uma pedra de amolar. É por isso que eu leio tanto, Jon Snow.”
(George Martin)
O George Martin criou esse personagem para amarmos eternamente nessa série. O anão Tyrion, da Casa Lannister, nascido no Rochedo de Casterly, também conhecido como ‘O Duende’. Ele não é nem alto, mas é um dos personagens mais inteligentes que já conheci.
O Tyrion apesar da ironia solta e da falsa aparência de boa vida têm sua própria dose de sofrimento.  Sua mãe morreu dando a luz a ele, sua irmã e seu pai o odeiam por isso. Como se esse exemplo de família carinhosa não fosse o suficiente, quase todas as pessoas de Westeros e do além-mar parecem achá-lo uma aberração. E apesar de tudo isso ele é um mestre no jogo dos tronos. Mas para mim o que torna o Tyrion ( e o Sam também) personagens absurdamente fantásticos é seu apreço pelos livros. E ele faz disso sua arma de sobrevivência. Enquanto os demais Lannister confiam na própria beleza, astúcia, crueldade, força e riqueza; o Tyrion se esconde nos livros, nas antigas histórias e lá ele se fortalece. E suspeito que ainda vai ser o dono do trono de ferro, ou pelo menos eu torço muito.

4. CHRIS MCCANDLESS (Alexander Supertramp) - Na natureza selvagem
"Ele me ajudou bastante", reconhece Burres. "Cuidava da banca quando eu precisava sair, classificou todos os livros, fez muitas vendas. Parecia se divertir realmente com aquilo. Alex era bom nos clássicos: Dickens, H. G. Wells, Mark Twain, Jack London. London era o seu predileto. Tentava convencer todo mundo a ler O Chamado da Floresta."
( John Krakauer)
Já falei da trajetória do Chris aqui. Eu sou encantada por ele que foi uma pessoa absolutamente fantástica. Uma das coisas que mais me chama atenção no Chris é o quanto os livros que ele influenciaram o jeito dele de pensar a vida. Eu suspeito que de certa maneira somos os livros que lemos, seja porque eles descrevem coisas nossas seja porque ele nos influenciam a como proceder. Luci, outra passageira desse blog, é uma eterna apaixonada pela senhorita Jane Austen, logo eu deduzo que ela é uma moça romântica e acredita em the happy end. O mesmo serve para outras pessoas, tenho amigos que são meio psicanalistas e de cara se identificam com A insustentável leveza do ser de Kundera.
 O Chris se identificou a tal ponto com os livros que leu, que não se contentou em dividir os princípios éticos e estéticos do Tostoi e do Thoreau, ele quis viver isolado na natureza como o David em Walden e quis ir pro Alasca profundamente encantado pelas histórias do Jack London. O resultado é: ou você acha o Chris um louco de pedra ou acha a pessoa mais corajosa do mundo.


5. Charlie - As vantagens de ser invisível.
"Eu não tenho muito tempo porque meu professor de inglês avançado me deu um livro pra ler e gosto de ler os livros duas vezes.
(...)
Terminei de ler O sol nasce para todos. Agora é meu livro favorito, mas sempre acho que um livro é meu favorito até eu ler outro.
(Sthephen Chbosky)
Charlie é uma pessoa triste e feliz ao mesmo tempo e absolutamente linda de muitas maneiras. Como não gostar desse rapaz invisível que fala tão bem de Beatles e nos obriga a ouvir "Asleep".  Ao longo de cada capítulo o Charlie vai falando um pouco dos livros que está lendo e temos alguns clássicos ma-ra-vi-lho-sos: O apanhador no campo de centeio, O sol nasce para todos, Peter Pan, O grande Gatsby, Pé na estrada, O estrangeiro...!
É engraçado perceber que alguns desses livros são colocados em momentos específicos da vida do Charlie e se entrelaçam com a trama deles. É muito legal essa relação do personagens com os clássicos e com a pessoa que o incentiva a ler bem. Enfim, o Charlie é outro moço leitor apaixonante.

E pra você, quem são os personagens leitores mais queridos?

Há-braços!

Expedição



Gosto de viajar. Gosto de sair e conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes, ver coisas que nunca vi antes e me surpreender com a diversidade de culturas. Gosto de pensar que todas essas pessoas, desconhecidas, são cheias de sonhos e vontades, algumas frustrações, alguns medos e com um coração a ser lapidado, como eu.
Viajar é dar à vida um novo ânimo. Deixar as retinas capturarem a delicadeza de detalhes existentes na criação. Deixar a paz reinar de uma forma livre e a felicidade dançar leve no sorriso. Gosto da sensação de novidade, de se ter histórias pra contar e bunitezas pra compartilhar com pessoas amadas. Mas de todas as viagens que se possa fazer e admirar-se, a mais louca é aquela que se faz pra dentro de nós mesmos.
É incrível e assustador ver quantas coisas diferentes se pode descobrir numa viagem dessas. Quanto conhecimento pode se obter de si mesmo e o quanto dá pra aprender com tudo o que se move dentro desse furacão que é a nossa alma.
A maior loucura de todas é a sensação de que, muitas vezes, somos desconhecidos em nós mesmos.


Só o fato de existirmos já nos dá a oportunidade de embarcar numa viagem louca às pressas, sem mala pra arrumar, sem se preocupar em chegar atrasado, sem mais delongas.



Tarcísio, me leve aonde eu possa descobrir que tenho chances de me tornar uma alma mais limpa. Uma pessoa melhor. Um coração bem moldado!




Com todo amor do mundo,
Luci Alves

Es(crê)ver



Escrever. Es crê ver, crê naquilo que esta se dizendo. Escravo da letra. Escrevo pra não me entalar, não me afogar nas coisas que não disse, nas coisas que penso. Me desenrolo no meio de tantas letras, sinais, pronomes, pensamentos, sentimentos, minha mente grita comigo e meus dedos são soldados que marcham, mas a dita guerra não tem vencedor, nem perdedor, só existe a mim e um bocado de coisas na cabeça, uma mistura de saudades, de fragmentos, de frases soltas, de felicidades, tristezas, enfim... 


Beijos de luz. 
Dora



On the road



Gosto da estrada. Gosto do imprevisto e do improviso que ela guarda. Gosto do fato de que na estrada algumas pessoas se abrem pra o novo e quando voltam têm o olhar renovado sobre seu próprio quintal.
Kerouac escreveu aquele que talvez seja o livro mais emblemático sobre uma vida de aventuras estrada a fora: Pé na estrada. Com Sal, vamos viajando pelos EUA e descobrindo detalhes e nuances de uma vida sem programação. E sinceramente sou eternamente fascinada por algo assim. Ainda não me programei, mas sei que um dia sairei com "a sorte de choffer de caminhão pra me danar por essa estrada mundo a fora e ir embora". 

Me lembro que minha aproximação com Dora ficou mais sólida quando conversamos sobre isso. Tarcísio é o sonho dela e em parte é o meu também: eu quero pegar nessa calda de cometa e ver a Via Láctea, estrada tão bonita. Acho que o mundo têm coisa demais pra ver e apesar de amar meu quintal precisa de nossos olhares. Enquanto isso não acontece vou me contentando com livros e filmes que descrevem um pouco a história de gente que resolveu sair da zona de conforto, separou uma trilha sonora legal e foi pelo mundo. Os meus filmes favoritos desse gênero são:


Ainda jovem Ernesto Guevara e seu grande amigo Alberto Granado resolveram viajar de moto pela América do Sul. O resultado: bunitezas sem fim. Essa é uma história verdadeira e virou filme (com uma trilha sonora maravilhosa). Os amigos juntos viajam desde Buenos Aires descendo à Patagônia e indo a lugares absolutamente divinos dessa América de meu coração: Machu Picchu, Deserto do Atacama, e o mais incrível de todos pra mim, o leprosário. A medida que viajam, a Poderosa (motocicleta) quebra e eles seguem a pé ou de carona, e conhecem gente e pra mim essa é a maior riqueza da viagem. No filme há uma cena em que eles conhecem trabalhadores nas salinas no Chile e é tão sublime os níveis de humanidade que dói na epiderme.



Drew, um cara materialista se vê num fracasso profissional ridículo, a namorada abandona. Ponto.  Mas tudo muda quando ele é notificado sobre a  morte do pai, um cara super amado em uma cidadezinha longe. Parte do filme gira em torno do velório que é beeeem estadunidense e engraçado. Nesse meio tempo, Drew conhece uma aeromoça super peculiar chamada Clair, eles conversam muito, ela o apóia, mas ele ainda está inundado na autopiedade do fracasso. Aí começa a parte boa do filme, Clair propõe a Drew que volte para casa de carro com as cinzas do pai falecida. Mórbido! Mas interessantíssimo. O itinerário da viagem é muito convidativo ( eu fiquei com vontade de fazê-lo): há lugares que é preciso passar e atitudes para se tomar, a trilha sonora é envolvente, as imagens são fantásticas e qualquer proposta de viagem que faça uma parada em Memphis e fale de Martiin Luther King já me ganha. O pai vai sendo espalhado por algumas das paisagens mais bonitas dos EUA. O filme é uma comédia romântica super gostosa, com um enredo bem legal e imagens absolutamente perfeitas.



Uma produção canadense MUITO boa. Confesso que o assisti porque estava na fase fã de FRINGE e o protagonista do filme é o Joshua Jackson, o Peter Bishop da série. O filme conta a história de Ben, um cara legal com uma vida absolutamente programada com uma companheira legal, pais legais, tudo em ordem. Um pacato cidadão que numa consulta de rotina descobre que está com um câncer fatal e então se dá conta do quão pouco viu do mundo e do Canadá. O Ben tem uma semana de vida e o que ele faz: pega a moto e vai para o outro lado do Canadá, quem ganha com isso somos nós que temos imagens absolutamente fabulosas daquele país e temos ainda uma doçura de filme. E um narrador (ADORO filmes narrados!).


Sim, mas que uma história de uma garotinha querendo ser miss, essa é a história de uma viagem incrível: um roteiro onde o que aconteceu dentro da kombi importava mais que as paisagens fora dela. Oliver e sua família absolutamente desestrutura vai remendando todos os furos na relação enquanto seguem a caminho da Califórnia. A gente ri, chora e dança junto com essa menina.




Outra história verídica! Christopher McCandless é um cara apaixonante: louco por livros e sedento por liberdade, após a formatura ele decide jogar pro alto toda a vida de fachada de sua família rica e partir em busca de viver como os ideias de seus livros de Jack London, Thoreau e Tostói. O livro é incrível e após lê-lo dá uma vontade de jogar tudo pro alto e viver só com a natureza, ainda que no fim a morte espere-nos solitariamente como aconteceu com o Cris.
No filme e no livro Cris muda de nome e torna-se Alexander Supertramp. Faz bons amigos ao longo da estrada, desce até o México mas nunca tira o foco do Alasca que é sua rota final. A história é marcada por uma áurea espiritual fantástica, o Supertramp faz incríveis reflexões sobre tudo e nos encanta com seu jeito simples de ver a vida. Vale a pena conhecer o Cris.


Enfim, há centenas de outros filmes com a temática: muitos ainda não vi, alguns simplesmente não gostei, mas queria indicar mesmo sem ter visto o filme On the road dirigido pelo Walter Sales e que conta a história presente no livro homônimo do Kerouac.
Enfim, se quiser mudar de olhar e ver o mundo mais de perto: vamos fugir desse lugar baby!

 Há braços
Mima

Há um nome para isso.

"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma..." Mia Couto




Há palavras que só existem em idiomas específicos. Há muita gente por exemplo que se gaba da palavra "saudade" que é exclusiva da língua portuguesa e é linda convenhamos. Mas para nossa alegria não é a única palavra que só existe em um idioma.
Esses dias lendo um livro (Amor em minúscula, veja no Skoob ), vi outras palavras específicas e armaria que buniteza! Como este blog formou-se a partir das palavras é justo deixá-lo cada vez mais bonito com novas expressões. Encontrar o nome para alguma coisa é uma maneira de conjurar sua existência. Pensamos e nos comportamos de certa maneira porque temos palavras que a apóiam, Nesse sentido, as palavras moldam os pensamentos.
O alemão é uma língua que por sua própria estrutura permite a criação de palavras para situações específicas (o que deve dificultar horrores aprender), mas TODAS eu disse todas as línguas faladas no mundo tem suas particularidades. Tem umas que é poesia só.

Do japonês:
Ah-un; a comunicação tácita entre dois amigos.
Mono no aware: a tristeza das coisas
(Adoro esses japoneses com suas sutilezas poéticas).

Do russo:
Razbliuto:  sentimento que se experimenta por alguém a quem se amou no passado, mas não se ama mais.

Do coreano:
Won:  resistência a livrar-se de uma ilusão.

Do árabe:
Baraka:  energia espiritual que pode ser empregada para fins materiais.

Há milhares de outras palavras. Essa se tornaram minhas preferidas, especialmente as japonesas. O fato é que aquela velha sensação de que há sentimentos inominados pode ser falsa, em algum idioma há uma palavra específica para aquilo que sentimos e isso é lindo. Mostra o poder da palavra: de circunscrever nossa existência, dar sentido e tudo mais. Se eu ficar falando sobre isso vou acabar em Saussare e Lacan e depois nem eu entenderei o que queria dizer. Esse post não tem uma finalidade acadêmica e sim sentimental. É muito bom saber que o inominável não existe, que podemos dar nome a nossa existência e depois entendê-la. Ou não. Só espero que o Au-wun entre mim e as outras habitantes dessa kombi continue plena.


Armaria enfim uma postagem de verdade e uma viagem boa nessa kombi!

Há-braços,
Mima.


(...)



Nunca, jamais e em TEMPO ALGUM, cite as sabias palavras desse santo nome em vão. 
E tenho dito. 


Beijos de luz

Dora

Viva la poesía

Esses dias estava naquela rede social chamada Facebook, e zapeando entre uma pagina e outra, uma conversa fiada e outra, me marcam num comentário qualquer,num post qualquer de uma pagina ''qualquer'' ela se chama: ''Isadora não entende nada.'' (Sim, esse e o nome da página, podem procurar), eu como uma Isadora que sou, me insulto por não concordar com tal nome, mas ai vou para a página para não julgar sem conhecer, clico e me deparo com uma das páginas mais simpáticas e com sentimento daquela rede social, as postagens ficam entre ilustrações e poemas, que são todos autorais, um dos meus favoritos e o:


''som de mim


eu tenho um caos na minha cabeça
quando ao redor - o nada
e logo mais me abraça em calmaria
olho pra vida e ela: alucinada!

confundo tudo enquanto a lua cresce
e do contrário? nem sei o que acontece
nunca entendi o ritmo do meu peito
mas faz som bonitinho, e eu, aceito.''


(Sentimental, não?)
Entre outros que estão na página. E ainda não concordo com o nome, porque a ''Isadora não entende nada.'', entende tudo. 

Beijos de luz, 
                                                                               Isadora

Pelo retrovisor dá pra ver.

Nada mais bonito do que se olhar no espelho e se ver, se SENTIR. Sem mentir. Sem desistir. Sem ir. Sem ir sem você mesma a todos os lugares. Leve-se. Leve-se menos a sério. Leve-se mais a vida. Vá. Vá embora, mas fique na memória das pessoas importantes. Igual a musica do Natiruts: ''Leve com você, só o que foi bom, ódio e rancor, não dão em nada, NA-DA...'', então, se for para ficar, fica e fica com corpo e alma. Ame-se. Conheça-se. Aprecie-se. Tantos ''ses'' que não cabem aqui. ''Se olhe no espelho, se ache legal...''. Observe mais o mundo a sua volta. Ouça o silêncio. Silencie o barulho. Leia-se mais. Fale mais consigo, você terá boas conversas. Aceite-se.
Viaje sem sair do lugar. Chova com a chuva (ou sem ela). Troque problemas por sorrisos. Mas nunca troque sorrisos por problemas. Como diria o doce Charles Chaplin: ''Um dia sem sorrir e um dia desperdiçado.'' Corra atrás dos seus sonhos (Mesmo que for o da padaria da esquina). 

Agora só uma coisa. Força, foco e fé. Que o resto vem com a maré.

                                                                                                                 Dora

Me pega ali na esquina

Oii, meu nome é Luciele, mas pode me chamar de Luci, tenho 21 anos, sou gaúcha, bailarina, tenho alma de biblioteca. Não sou muito dessas formalidades, mas enfim, amo o vintage, retrô, moderninho, sou cheia de sinas, Nárnia é uma delas, Paris, Livros, Passarinhos, Poesia... Inglaterra 1797, porque? Assista Pride&Prejudice e você entenderá! Resumindo: sonhadora. E acho que é nesse ponto que você compreenderá o surgimento deste blog. Conheci a Dona Mima através do mundo dos blogs, sei lá, acho que já fizemos até aniversário (rs) e acabei conhecendo a Dora, sabe a Dora aventureira?! É quase, Dora nos juntou num sonho. Tarcísio!!! Não gente, Tarcísio não é nenhum guri bonitinho e metido, Tarcísio é nosso segundo lar, lugar onde nos encontramos, trocamos cartas, desejamos coisas boas. A Kombi! Quer ir ao Ermo do Lampião? Tarcísio te deixa lá! Quer tomar um chazinho em Wonderland ou contemplar o por do sol da Toscana? Tarcísio é a melhor forma de chegar até lá! Fui convidada a entrar nessa viagem e pode me pegar ali na esquina. A mala ta pronta, sapatinhos vermelhos nos pés e a máquina de escrever debaixo do braço. Dora vai no volante, Mima escolhe as músicas no banco do carona e eu vou lá atrás, fazendo bagunça. Vamos viver essa aventureira, afinal, não é sempre que se vê uma gaúcha, uma potiguar e uma pernambucana juntas numa Kombi chamada Tarcísio, escrevendo de tudo um pouco, ouvindo músicas e jogando xadrez! Somos três gurias sonhadoras. Sonhando. E descobrindo que nosso Kansas é aqui mesmo! Com todo amor do mundo, Luci Alves.

O que traz felicidade?*

O que te traz felicidade?”, ele perguntou.
Conversar com gente que gosto. Ver o por do sol do morro. Acordar e perceber que não tenho nada para fazer e voltar a dormir. Correr. Tomar sorvete de morango. Ir a praia em um final de tarde e andar pela areia da praia conversando sobre nada com a Joci. Ouvir e descobrir musicas novas. Assistir um filme e entender a mensagem dele. Tirar os sapatos e colocar os pés no chão e sentir a sensação de chão frio sobre ele depois de um dia inteiro com eles. Andar sozinha me sentindo confiante. Ver fotos antigas e viajar para a data da foto. Rir sozinha. Rir com amigos. Sentar no sofá e falar trivialidades com minha família. Tirar fotos espontâneas. Relaxar na rede lendo um livro. Chegar no ápice da história daquele livro. Cafuné de mãe. Escutar a primeira musica do dia. Comprar aquilo que estava almejando a um tempo e encontra-lo ainda  a venda. Receber cartas e manda-las. Fazer danças malucas com amigos. Piadas internas. Chamar todos aqui para a varanda de casa e tocar violão. Cobrir minha mãe todo final de noite. Dar beijos. Abraços. Rever pessoas depois de um tempo sem falar. Cheiro da comida de mãe. Fazer arroz com cenoura. Viajar. Mergulhar o biscoito recheado no danone. Escutar o Panic at the disco. Pensar na vida. Viver o hoje. Andar descalça. Vestir minhas meias em um dia frio. Sentir o cheiro do cabelo lavado. Fazer cafuné. Falar no Skype com gente de longe. Ouvir aquele elogio do nada. Receber critica positiva. Ver o céu em um degrade num fim de tarde voltando pra casa. Ir a feiras de livros. Notar que depois de uma conversas certas pessoas tem os mesmos gostos que o meu. Escrever. Colocar aquele som pra tocar e dançar sozinha no meio da casa. Fazer planos e eles darem certo. Sorrisos de amigos. Ver aquele filme depois de um tempo querendo vê-lo. Lembranças. Me identificar e grifar uma frase legal em algum livro. Voltar de um lugar de madrugada e observar a cidade meio adormecida meio acordada. Amanhecer. Gatos. Pensar no meu projeto ''Tarcísio pelo mundo'' e em tantos outros que tenho. Quando estou só e não me sinto sozinha. Quando decoro a letra da música. Aquela conversa legal na madrugada. Assistir a séries. Desenhar quando estou inspirada e sai uma coisa legal. Quando ajudo uma pessoa indiretamente. Borboletas no estômago. 

“A paz”, respondi.


(*Texto modificado do ''Depois dos quinze'')
                                                  Dora

Senta que lá vem história. (rs)

Primeiramente, OI! me chamo ISADORA (Mas conhecida como DORA), tenho 19 anos de pura literatura no sangue, musica, sonhos e outras coisas mais na cabeça, vou explicar um pouco a coisa do ''Tarcísio pelo mundo''. Vocês se perguntaram no post da MIMA abaixo o porque disso tudo, então, vamos lá a explicação:
A pessoa que vos fala e muito da sonhadora, adora viajar no mundo da lua e lê mui-to, desde de pequena vivia rodeada por livros (eles ainda estão por aqui), texto e afins, enfim, voltando ao assunto (to aqui para falar da história desse projeto e não da minha, rs).
No começo meu plano era apenas uma Kombi (dessas vermelha com branca VW
  1975), comprar e viajar para perto com ela, com o passar do tempo ir mais longe e mais longe e enfim, conhecer pessoas, histórias e fazer história na MINHA kombi, esse plano e um dos milhares na minha cabeça, ele esta em primeiro lugar na lista e não vai ficar só no papel, pretendo tira-lo da minha cabeça. Então, prosseguindo, o nome da kombi vai se chamar Tarcísio, ai vocês se perguntam:
-Porque danado, esse nome esquisito?
Explicando, Tarcísio vem de um sonho meu, só que esse Tarcísio era o nome de um cachorro, todo preto, filhote que falava comigo, ele ainda aparece de vez em quando falando comigo, Tarcísio o meu cachorro da guarda, digamos assim, rs. (Louca eu, NÉ!!! Pode falar), coloquei o nome da Kombi em homenagem a ele, já que vira e mexe aparece sorrindo e falando sabedorias pra mim nos meus sonhos.  
A entrada da MIMA nisso tudo foi durante umas das nossas conversas via Tuítes, disse-lhe que tinha esse ideia e ela, com toda a sua doçura (e maluquice), topou ir comigo nessa ''viagem'', eu fico feliz em te-la comigo, uma de nós tem que ter um pouco de juízo e me ajudar a dirigir o Tarcísio (rs). 
Então e isso, espero que tenha entendido essa minha louca explicação, e que embarquem no Tarcísio, ele esta de portas abertas e de motores ligados para essa doce viagem que se chama vida. 
Vejo vocês na próxima parada. 
Beijos de luz. 
                                                          Dora

Me espera na próxima parada



Era uma vez uma menina que queria viajar pelo mundo. Ela queria ir de kombi. A kombi se chama Tarcísio.
Foi assim que tudo começou e vai continuar e continuar e continuar. O nome da moça? Dora. Potiguar sem fronteiras. Ela tem mil outros projetos na cabeça. O "Tarcísio mundo a fora" é só um deles.
A questão é que essa moça conheceu uma outra, Mima, lá de Pernambuco. Conversaram, trocaram figurinhas e descobriram muitas afinidades. Essa moça pernambucana, conhecia uma bailarina gaúcha, a Luci. E juntas as três resolveram escrever juntas. Porque sim, escrever é também viajar e viajar por lugares desse e de outros mundos.





 
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